Na tarde da última quinta-feira, 20 de janeiro, o paciente João Lucas Estrioto, de 5 anos, passou por uma cirurgia para reparação dos dois pés. A criança foi diagnosticada com Pé Torto Congênito bilateral, ao nascimento. Desde o diagnóstico o paciente vem passando por diversas consultas e até cirurgias para a correção da deformidade. Crianças que possuem este diagnóstico apresentam pés deformados para dentro, bem tortos e com pouca mobilidade nas articulações do tornozelo e pés. O que define a patologia são as deformidades em Cavo, Varo, Aduto e Equino, associadas à rigidez do pé.
No ato do diagnóstico, quando a criança ainda era um bebê, o tratamento foi iniciado utilizando o Método de Ponseti, que consiste em trocas gessadas seriadas e tenotomia do tendão de Aquiles, seguida do uso de órtese, para obter a correção das deformidades. Tradicionalmente, essa é a abordagem escolhida, e esse tratamento já foi aplicado à criança também pelo Dr. Edegmar Nunes, que iniciou com a trocas gessadas, seguida da cirurgia de tenotomia e o uso de órtese posteriormente. O paciente evoluiu com uma recidiva (reaparecimento da deformidade), o que é possível em todos os casos, seja pelo uso incorreto da órtese ou pela gravidade da deformidade.
Após a identificação do agravamento da deformidade, os familiares procuraram o médico para solicitar ajuda. Neste momento, após alguns exames e conversa com a família, Dr. Edegmar optou pela cirurgia que contou, desta vez, com uma abordagem diferente, resultante em um processo mais rápido e definitivo, de caráter pro bono, sem custo para os familiares.
“João é um garoto que nasceu com os pés tortos de um diagnóstico artrogripose múltipla congênita (malformação das articulações de bebês) e já foi operado quando tinha 2 anos de idade. A doença evoluiu com os pés rígidos e isso dificultava o caminhar, por causa das dores. Fizemos uma proposta de operá-lo novamente, mas nessa cirurgia faríamos a talectomia bilateral e alongamento posterior (alongamento do tendão aquiles). Esse procedimento concede que coloquemos os pés na posição de 90 graus, o que permitirá que ele ande normalmente e possa calçar sapatos como qualquer criança faz”, explicou o ortopedista.